Páginas

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Projeto Olhares mergulha no espírito paralímpico






Texto: Alan de Jesus. Fotos: Mário Seixas.

As diferenças nos separam ou nós que separamos o que é diferente? Será que a deficiência física, motora ou cognitiva é um fator que exclui as pessoas de serem atletas ou de serem consideradas aptas a determinadas ações? Para refletir sobre esses questionamentos e outros, o Projeto Olhares realizou alguns passeios fotográficos. No dia 9 de setembro os alunos visitaram o Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, onde assistiram os jogos de algumas modalidades paralímpicas. Já no dia 14 de setembro, eles conheceram o Boulevard Olímpico, onde fotografaram o maior símbolo dos jogos, a Pira Olímpica, e participaram de atividade de vivência em alguns jogos paralímpicos, como sentar em uma cadeiras de rodas para jogar basquete. Os passeios permitiram que os jovens conhecessem a realidade das pessoas deficientes, percebessem as dificuldades de ser um atleta paraolímpico e observassem as condições de acessibilidade no maior evento esportivo do mundo. Além disso, as reflexões foram transferidas para o olhar de cada integrante que registrou cada momento. As fotos feitas pelos alunos farão parte do produto final do Projeto, uma exposição prevista para janeiro de 2017.

A manhã estava animada e a expectativa transbordava o coração dos participantes do projeto. Eles nunca tiveram a oportunidade de assistirem um jogo paralímpico e o dia era histórico, pois o maior evento esportivo do mundo estava sendo realizado no Rio de Janeiro. As partidas de tênis em cadeira de rodas e de futebol de 5 (com jogadores cegos) foi marcante na vida desses futuros fotógrafos. A turma conheceu as diferentes modalidades, torceu, acompanhou as jogadas e vibrou a cada emocionante momento de superação de atletas de todo o mundo.

No Boulevard Olímpico, os alunos realizaram um passeio cultural. Fotografaram o maior símbolo dos jogos, a Pira Olímpica, viram o resultado da grande transformação da zona portuária do Rio de Janeiro, encontraram outros grupos de jovens, como escolas municipais, APAEs e grupos de famílias e participaram de momentos de vivência com o esporte paralímpico: futebol de cegos, bocha e basquete para cadeirantes. Neste momento, os alunos Matheus Ângelo e Miria Souza foram entrevistados ao vivo pela Rádio Globo, onde falaram das experiências e dificuldades da prática destes esportes: “a experiência de jogar basquete em cadeira de rodas é bem diferente. A cadeira exige muito esforço e força de vontade”, disse Matheus.

O Projeto Olhares é incentivado pela Lei de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, patrocinado integralmente pela CRT (Concessionária Rio Teresópolis Além Paraíba), sob a gestão do Lar Tia Anastácia e Criativa Social e realizado pelo Governo Federal.

Criativa Desenvolvimento e Gestão Social
Setembro - 2016