Texto: Alan de Jesus. Fotos: Mário Seixas.
As diferenças nos separam ou nós que separamos o que é diferente? Será que a deficiência física, motora ou cognitiva é um fator que exclui as pessoas de serem atletas ou de serem consideradas aptas a determinadas ações? Para refletir sobre esses questionamentos e outros, o Projeto Olhares realizou alguns passeios fotográficos. No dia 9 de setembro os alunos visitaram o Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, onde assistiram os jogos de algumas modalidades paralímpicas. Já no dia 14 de setembro, eles conheceram o Boulevard Olímpico, onde fotografaram o maior símbolo dos jogos, a Pira Olímpica, e participaram de atividade de vivência em alguns jogos paralímpicos, como sentar em uma cadeiras de rodas para jogar basquete. Os passeios permitiram que os jovens conhecessem a realidade das pessoas deficientes, percebessem as dificuldades de ser um atleta paraolímpico e observassem as condições de acessibilidade no maior evento esportivo do mundo. Além disso, as reflexões foram transferidas para o olhar de cada integrante que registrou cada momento. As fotos feitas pelos alunos farão parte do produto final do Projeto, uma exposição prevista para janeiro de 2017.
A
manhã estava animada e a expectativa transbordava o coração dos participantes
do projeto. Eles nunca tiveram a oportunidade de assistirem um jogo paralímpico
e o dia era histórico, pois o maior evento esportivo do mundo estava sendo
realizado no Rio de Janeiro. As partidas de tênis em cadeira de rodas e de
futebol de 5 (com jogadores cegos) foi marcante na vida desses futuros
fotógrafos. A turma conheceu as diferentes modalidades, torceu, acompanhou as
jogadas e vibrou a cada emocionante momento de superação de atletas de todo o
mundo.
No
Boulevard Olímpico, os alunos realizaram um passeio cultural. Fotografaram o
maior símbolo dos jogos, a Pira Olímpica, viram o resultado da grande transformação
da zona portuária do Rio de Janeiro, encontraram outros grupos de jovens, como
escolas municipais, APAEs e grupos de famílias e participaram de momentos de
vivência com o esporte paralímpico: futebol de cegos, bocha e basquete para
cadeirantes. Neste momento, os alunos Matheus Ângelo e Miria Souza foram
entrevistados ao vivo pela Rádio Globo, onde falaram das experiências e
dificuldades da prática destes esportes: “a experiência de jogar basquete em cadeira
de rodas é bem diferente. A cadeira exige muito esforço e força de vontade”,
disse Matheus.
O Projeto Olhares é incentivado pela Lei de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, patrocinado integralmente pela CRT (Concessionária Rio Teresópolis Além Paraíba), sob a gestão do Lar Tia Anastácia e Criativa Social e realizado pelo Governo Federal.
Criativa Desenvolvimento e Gestão Social
Setembro - 2016