A escolha do tema
do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é, para muitos alunos, um problema.
Dentre tantos assuntos estudados ao longo dos 4 ou 5 anos, selecionar algo com
que mais se identifica e aprofundar o conhecimento sobre essa determinada
temática não é tarefa fácil nem para os acadêmicos, nem para os orientadores.
Apesar disso, Marina Borcard, 22 anos, estudante do curso de Serviço Social do
Centro Universitário Plínio Leite, não teve dúvidas, na hora de decidir o que
pesquisar. A acadêmica escolheu o Projeto Olhares como tema de seu TCC e se
formou com uma nota excelente, com muitos elogios de seus professores.
“Conheci o Projeto
Olhares quando estava estagiando no Lar Tia Anastácia, em 2012. Sempre achei o
projeto fantástico, infelizmente tive que sair por um tempo porque estava
também estagiando no Judiciário, não conseguindo ficar nos dois lugares”,
lembra.
A estudante começou a pensar em sua pesquisa
quando estava no 6º período do curso. “Tive uma matéria chamada Pesquisa em
Serviço Social; Um dos trabalhos dessa disciplina deveria ser focado em um
trabalho institucional. Imediatamente me remeti ao Projeto Olhares, por se
tratar de um serviço que me fascinou desde o primeiro momento, por sua
singularidade, por seu enfoque na questão social. Me motivou imensamente saber o que tinha acontecido com as meninas
que fizeram parte do projeto, seu sonhos, ideais e o que mudou”, revela.
A pesquisa em
campo durou aproximadamente um mês e meio e para realizar o levantamento de
informações, Marina esteve presencialmente no Projeto. “Participei de algumas
aulas, conversei com algumas alunas, professor, com os técnicos envolvidos e
realizei a leitura de textos relacionados, como o ECA (Estatuto da Criança e do
Adolescente) e material cedido pela instituição”, explica.
O resultado da pesquisa da estudante não poderia
ser diferente do esperado pelos envolvidos nas atividades do Projeto. “Conclui
que o projeto pode modificar a vida de muitos jovens, como já modificou de
alguns, já. Ele trabalha a autoestima, o autoconhecimento, o pensamento crítico
sobre a realidade cotidiana da comunidade. Desta forma, não busca apenas
ensinar a fotografar, vai muito além de um simples curso de fotografia, é este
fato que me fascinou e acho que fascina a todos que têm contato com o Olhares”,
completa.