Fotografar
não é apenas registrar acontecimentos do cotidiano, mas acima de tudo eternizar
sentimentos por meio das imagens. Cada clique na máquina fotográfica é uma
poesia de emoções que se revela primeiramente no coração de quem almeja extrair
o máximo de informações e paixões contidas em menos de um segundo.
Para
ajudar os alunos do Projeto Olhares a encontrarem o caminho no mundo interior
da imaginação, despertando a motivação e o desejo pela invenção, criou-se as
oficinas Olhares Criativos. Trata-se de encontros específicos onde o setor de
psicologia trabalha aspectos cognitivos, por meio de atividades lúdicas e
sensoriais, induzindo a cada aula um novo olhar a partir do interesse pessoal
de cada adolescente. A ideia é proporcionar um lugar aberto para viagens
imaginárias, onde cada integrante é o capitão do seu próprio navio dos sonhos.
Além de ajudar na visão holística fotográfica, as oficinas auxiliam na
socialização, possibilitando a superação da timidez.
“O
trabalho da psicologia no Projeto Olhares é sempre feito em parceria com a
fotografia. O professor traz suas necessidades e nós direcionamos as reflexões.
Para sistematizar nossas ações, dividimos o serviço de psicologia em dois eixos
básicos: primeiro fazer com que eles lidem com a autoconfiança, pois muitas vezes chegam aqui sem uma perspectiva de futuro
profissional, achando que não são capazes de saírem vitoriosos de novos
desafios; segundo, com questões subjetivas que aparecem ao longo do ano, como a
violência, a solidão, o preconceito e discriminação”, explica o psicólogo do
projeto, Shiva Souza.
As
oficinas acontecem duas vezes por mês, sempre as quartas, e também auxiliam na
produção imagética. “Temos um ambiente que desperta a criatividade,
possibilitando que o aluno possa criar a fotografia mentalmente antes de pegar
na câmera. Pesquisamos novos autores, analisamos imagens de fotógrafos
consagrados, mostrando sempre novas formas de criação e o que eles podem
incorporar no seu trabalho”, afirma.
Além
do trabalho em sala de aula, o psicólogo afirma que há um acompanhamento também
com a família dos alunos. “Nós acompanhamos os alunos e seus pais, tanto no
aspecto psicológico, quanto no social. Eu percebo que no Projeto Olhares os
alunos são mais independentes, trazendo mais questões do que os próprios pais”,
afirma. “É fundamental esse trabalho, pois só assim podemos de fato transformar
a realidade desses jovens”, completa Shiva.
O Projeto Olhares é
incentivado pela Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, do Ministério da
Cultura, patrocinado integralmente pela CRT – Concessionária Rio – Teresópolis
– Além Paraíba, sob a gestão do Lar Tia Anastácia e Criativa Social e realizado
pelo Governo Federal.
Criativa Desenvolvimento e Gestão Social
Outubro 2014